Primeiro, vencer a si mesmo. O praticante sabe lutar, claro - mas dá tudo para não entrar numa luta. Isso porque o inimigo contra o qual vale a pena lutar somos nós mesmos: a violência que é preciso parar está, antes de tudo, dentro de nós. O estresse, as dores, a doença, a raiva, a falta de concentração, de vontade e de disciplina são alguns dos nossos inimigos diários. E as artes marciais são ferramentas altamente eficazes contra todos esses males.
A idéia central é que, escolhendo a arte marcial que mais tem a ver com sua personalidade, você domine seu corpo e vença a si mesmo, moldando seu caráter e seu espírito de forma a se tornar uma pessoa forte e flexível -- tanto física quanto mental e emocionalmente, alegre e saudável. Em outras palavras, uma pessoa mais feliz.
Como o praticante sabe que é capaz de se defender ou de atacar -- e que seu ataque, treinado para ser eficiente, pode até matar -, ele não reage de forma impulsiva. Todo o seu treinamento é para torná-lo um ser humano forte e livre, caminhos que levam à felicidade e que não combinam com a briga, o desassossego, a irritação.